Classificação Científica

Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Zingiberales
Família: Zingiberaceae
Gênero: Alpinia
Espécie: A. zerumbet

Família composta por ervas de pequeno a grande porte, perenes ou não, rizomatosas, entouceiradas e de crescimento simpodial, às vezes acaules, com folhagem emergindo diretamente do solo ou mais freqüentemente, apresentando pseudocaules eretos, herbáceos, com até 3m de altura. Folhas alternas, dísticas, lineares, peniparalelinérveas, geralmente na cor verde ou ainda variegadas. Inflorescência cimosa, freqüentemente espiciforme, formada por brácteas decorativas, protegendo flores comumente vistosas, bissexuadas, zigomorfas, diclamídeas e heteroclamídeas; cálice trímero e gamossépalo; corola trímera, gamopétala, com uma das pétalas em tamanho maior que as demais, pré-floração imbricada; estame em número de 1 mais 4 estaminódios, petalóides, com anteras rimosas; nectários septais em número de 2; gineceu gamocarpelar, tricarpelar geralmente com 3 lóculos comumente pluriovulados, ovário ínfero, placentação freqüentemente axial, fruto do tipo baga ou cápsula com sementes ariladas.

A família Zingiberaceae apresenta distribuição pantropical com espécies originárias da Ásia Tropical, Índia, Ilhas do Pacífico, Tailândia, Indonésia e Malásia, perfazendo aproximadamente 1300 espécies em 50 gêneros conhecidos. As espécies mais utilizadas no paisagismo são de procedência exótica; apenas o gênero Renealmia é nativo da região Amazônica, embora algumas exóticas são consideradas subespontâneas, principalmente em solos brejosos a exemplos das espécies Hedychium coronarium e H. gardnerianum.

As diversas espécies da família possuem dupla aptidão no paisagismo; no mesmo tempo que são utilizadas nos jardins, suas inflorescências decorativas e duráveis, são bastante empregadas no formação de arranjos florais (Alpina purpurata e Zingiber spectabilis). A maioria delas são indicadas para regiões tropicais, cultivadas tanto à meia-sombra como em locais ensolarados. Servem para formação de maciços, renque ou grupos isolados, dependendo da espécie.

Alpinia, Burbidgea, Curcuma, Etlingera, Globba, Hedychium, Kaempfera, Renealmia, Zingiber.

Principais espécies

Alpinia purpurata

Descrição

Planta originária das Ilhas dos Mares do Sul, perene, rizomatosa, entouceirada pelos pseudocaules herbáceos que atingem até 2m de altura. Folhas coriáceas, grandes, no tom verde-forte, marcadas por nervura central contrastante. Inflorescência terminal, formada por brácteas vermelhas na espécie mais comum e rosada em outra variedade, abarcando flores discretas na cor branca. Reproduz-se pela divisão da planta ou pela separação de rebentos que surgem nas brácteas no final da floração.

Uso Paisagístico

Alpinia purpurata é a planta mais conhecida da família em nossos jardins, requisitadas pela sua forma densa, volumosa e floração vistosa, duradoura e que se estende por todo o ano. Cultivada preferencialmente à meia-sombra ou sob sol brando como planta isolada em local de destaque; utilizada ainda em maciços no meio de canteiros ou junto a paredes e muros. A inflorescência é bastante usada para arranjos florais.

Alpinia zerumbet 'Variegata'

Descrição

Espécie originária do Japão e China, perene, herbácea, rizomatosa, muito entouceirada, com até 2m de altura. Folhas coriáceas, decorativas, verde na espécie típica ou variegada de verde e branco-amarelado. Inflorescência terminal, recurvada, formada por flores vistosas de textura cerosa em branco-rosado e amarelo. Multiplica-se facilmente pela divisão dos rizomas.

Uso Paisagístico

A forma variegada é a mais presente nas composições de jardins, criando conjuntos isolados ou maciços em locais protegidos do sol forte. As cores claras das folhas variegadas proporcionam significativo contraste com outras folhagens verdes.

Curcuma roscoeana

Descrição

Planta originária de Burna, ereta, rizomatosa, entouceirada, de textura herbácea, de pequeno porte, atingindo até 50cm de altura. Folhagem ornamental, verde-escura, marcada por nervuras salientes. Inflorescência altamente decorativa, terminal, ereta, formada por brácteas laranja-brilhantes, protegendo flores discretas e esbranquiçadas. Multiplica-se pela separação de rizomas durante a primavera.

Uso Paisagístico

Planta usada no paisagismo como anual pelo motivo do desaparecimento de suas folhas nas épocas frias do ano, vindo a rebrotar através dos rizomas na primavera seguinte. Presta-se para formação de maciços à frente de plantas maiores ou no meio dos canteiros, renques, sempre em locais protegidos do sol pleno. Sua inflorescência é usada para arranjos florais.

Etlingera elatior

Descrição

Planta perene, herbácea, rizomatosa, originária da Indonésia que atinge até 4m de altura, entouceirada através dos pseudocaules muito robustos que sustentam folhas coriáceas, grandes e ornamentais. Inflorescência volumosa, muito decorativa, apoiada em haste longa e robusta que emerge diretamente do solo, formada por escamas cerosas nas cores vermelha ou rosa, conforme a espécie. Multiplica-se pela divisão de rizomas ou por sementes.

Uso Paisagístico

Espécie indicada para locais amplos na formação de maciços ou renques, ou ainda como planta isolada, preferencialmente nos locais à meia-sombra. Destaca-se principalmente pela notável inflorescência que também é muito apreciada como flor de corte para composição de arranjos florais

Hedychium coccineum

Descrição

Espécie perene originária do Himalaia e Índia, entouceirada pelos pseudocaules eretos que surgem do rizoma, com folhas compridas e estreitas bastante ornamentais. Inflorescência terminal, compacta, de forma cilíndrica constituída pela composição de inúmeras flores vermelhas com filamentos longos e bem visíveis. Multiplica-se facilmente pela divisão de rizomas.

Uso Paisagístico

Planta muito atraente pela forma, acrescida de bela inflorescência, viabilizando-a como uma excelente solução para maciços nos jardins tropicais. Embora tolerante ao frio suas folhas podem desaparecer nos invernos rigorosos. A inflorescência é também utilizada como flor de corte para arranjos florais.

Zingiber spectabile

Descrição

Espécie natural da Malásia, perene, entouceirada, rizomatosa, com pseudocaules suculentos, eretos, semelhantes à cana, com até 2,5m de altura. Folhagem alongada, plana, na cor verde forte. Inflorescência decorativa de efeito espetacular na forma de espigas cilíndricas sustentadas por hastes que emergem diretamente do solo. Multiplica-se facilmente por divisão de rizomas.

Uso Paisagístico

Planta cultivada principalmente pela beleza da inflorescência, representada por brácteas duradouras, que mudam de cor conforme a idade, indo do amarelo ao vermelho, protegendo flores esbranquiçadas e sustentadas por hastes longas que nascem diretamente dos rizomas. São recomendadas para o cultivo em touceiras isoladas nos locais de destaque, à meia-sombra. Suas inflorescências são bastante utilizadas para confecção de arranjos florais.

Outras espécies

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