Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Zingiberales
Família: Strelitziaceae
Gênero: Strelitzia
Espécie: S. reginae
STRELITZIACEAE
Classificação Científica
Família formada por apenas três gêneros, localizada anteriormente em Musaceae pelos autores tradicionais devido a sua semelhança com essa família. Representada por ervas ou plantas arborescentes, rizomatosas e de crescimento simpodial, às vezes, formando touceiras volumosas como ocorre no gênero Strelitzia. Folhas simples, grandes, alternas, dísticas, sustentadas por longos pecíolos, nervuras salientes, uninérveas ou peniparalelinérveas. Inflorescência cimosa protegida por fortes brácteas naviculadas, geralmente chamativas. Flores vistosas, bissexuadas, zigomorfas, diclamídeas e heteroclamídeas; cálice e corola trímeros, gamosépalo e gamopétala respectivamente ou com duas pétalas unidas entre si e ao androceu, sendo a terceira livre; estames 5 ou 6 unidos em torno do estilete com anteras rimosas; nectários septais presentes; gineceu gamocarpelar com três carpelos, ovário ínfero, trilocular, placentação axial, pluriovulado. Fruto tipo cápsula com sementes ariladas.
Família de clima tropical constituída apenas por 3 gêneros e 7 espécies. Dois deles são monoespecíficos; Ravenala, endêmico de Madagascar, e Phenakospermum, também, com uma só espécie originária da Amazonas; o gênero Strelitzia, com cinco espécies, originárias da África do Sul.
Embora com apenas 3 gêneros e poucas espécies, a família comparece com plantas significativas para o paisagismo a exemplo dos gêneros Strelitzia e Ravenala. O primeiro, muito conhecido nos jardins abertos e ensolarados, formando composições isoladas ou conjuntos, pontuando setores de áreas gramadas; o gênero Ravenala tem seu uso restrito a jardins de espaços maiores onde sua magnífica silhueta de linhas geométricas, desponta como centro de interesse. Apesar de apresentarem inflorescências vistosas, estas plantas são mais requisitadas em função de suas exuberantes formas e desenhos da folhagem. A bela inflorescência da Strelitzia é bastante requisitada para arranjos florais.
Phenakospermum – Ravenala – Strelitzia
Principais espécies
Ravenala madagascariensis
Descrição
Planta arbórea, semi-lenhosa, atingindo até 8m de altura, rizomatosa, originária de Madagascar. Folhas coriáceas, grandes, sustentadas por longos pecíolos que se dispõem num leque plano, muito ornamental. Inflorescência formada por brácteas no formato de barco, esverdeada, envolvendo flores vistosas na cor azul. Multiplica-se habitualmente por sementes, pois as mudas que surgem na touceira são difíceis de serem removidas
Uso Paisagístico
Espécie de notável efeito decorativo proporcionado pela sua silhueta que mais parece uma escultura viva. As mudas que surgem na base da planta devem ser subtraídas, deixando-a com tronco solitário, enaltecendo ainda mais a beleza da planta. Ideal para grandes espaços de parque e jardim ensolarados, porém protegidos de vento forte. Sua inflorescência pode ser utilizada para flor de corte em arranjos florais.
Strelitzia reginae
Descrição
A espécie S. reginae, originária da África do Sul, é a mais popular do gênero, caracterizada pela forma arbustiva, herbácea, entouceirada, rizomatoza, que chega até a 1,20m de altura. Folhas coriáceas, decorativas, com longos pecíolos que surgem diretamente do solo. Inflorescência terminal, durável, com brácteas esverdeadas, na forma de barco, com flores alaranjadas, estames e carpelos azuis no formato de flecha. Propaga-se por sementes ou divisão de touceiras.
Uso Paisagístico
Independente de estar florida a S. reginae é muito apreciada pela sua forma e pela folhagem ornamental; contudo, a inflorescência acrescenta-lhe maior atrativo como planta de jardins ensolarados, na condição de exemplares isolados ou formando conjuntos, combinado com gramados ou forrações baixas. Trata-se de uma planta muito rústica e adaptada a locais ensolarados ou à meia-sombra, especialmente indicada para jardins tropicais. Sua inflorescência é bastante requisitada para compor arranjos florais.