Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Poales
Família: Poaceae
Gênero: Thysanolaena
Espécie: T. latifolia
POACEAE
Classificação Científica
Conhecida anteriormente como Graminae, Poaceae constitui uma família da classe Liliopsida (plantas monocotiledôneas) que, sob o ponto de vista econômico, é a mais importante entre todas, fornecedora de grãos, principal alimento cultivado e consumido em todo o mundo. Além disso, estima-se que a superfície da terra seja coberta por 20% de espécies dessa família. São representadas por ervas, quase sempre rizomatosas, perenes, ou anuais, além de lenhosas, como os vários gêneros e espécies de bambus. Os caules são cilíndricos ou achatados; folhas alternas, dísticas, muito raramente espiraladas, alongadas, invaginantes, paralelinérveas, bainhas geralmente abertas (aurículas), apresentando lígula, ligando a bainha ao limbo. Inflorescência freqüentemente do tipo espigueta, protegida na base por algumas brácteas; flores protegidas por um par de bractéolas, não vistosas, bissexuadas, menos freqüentemente unissexuadas, aclamídeas; androceu geralmente com 3 estames, às vezes numerosos, anteras rimosas; gineceu gamocarpelar (2 a 3 carpelos), ovário súpero, unilocular, placentação ereta ou pêndula, uniovulado, estigmas plumosos (polinização anemófila). Fruto do tipo cariopses na maioria das vezes.
A família Poaceae apresenta distribuição cosmopolita, com cerca de 9000 espécies dentro de 650 gêneros; só no Brasil são conhecidas em torno de 1500 espécies em 180 gêneros.
Além de sua importância econômica, as Poaceae abrangem um número considerável de plantas ornamentais, largamente utilizadas no paisagismo de todo o mundo, como as diversas espécies de grama, entre elas, Paspalum notatum (grama-batatais), Poa pratensis (grama-azul), Axonopus compressus (grama-são-carlos), Zoysia japonica (grama-esmeralda); Cortadeira selloana (capim-dos-pampas), de porte arbustivo, muito requisitada em função de sua forma e floração vistosa; além das diversas espécies de bambus como Bambusa gracilis (bambuzinho-amarelo) e Phyllostachys edulis (bambu-mossô), utilizados em jardins de médio e grandes espaços, além de vasos.
Agrostis, Arundo, Axonopus, Bambusa, Cortadeira, Cymbopogon, Dendrocalamus, Eragrostis, Festuca, Glyceria, Gynerium, Hakonechloa, Miscanthus, Oplismenus, Panicum, Paspalum, Pennisetum, Phalaris, Phyllostachys, Poa, Pogonatherum, Raddia, Sasa, Stenotaphrum, Thysanolaena, Zoysia.
Principais espécies
Axonopus compressus
Descrição
Espécie de grama, nativa do sul do Brasil, rizomatosa, caracterizada por folhas largas, lisas e desprovidas de pelos, apresentando estolões que vão enraizando naturalmente sobre a superfície plantada. Apresenta também uma forma variegada com listras verde e branca. Inflorescência sem valor ornamental. Propaga-se por divisão de estolões já enraizados.
Uso Paisagístico
Planta conhecida pelo nome popular de grama-são-carlos, e tradicionalmente usada na formação de relvados, em áreas de pisoteio, a pleno sol ou à meia-sombra.
Bambusa gracilis
Descrição
Arbusto lenhoso, rizomatoso, entouceirado, originário da China e Japão, atingindo de 3 a 4 m. de altura, com colmos densos, finos e eretos, sustentando folhas lineares, agrupadas lateralmente, na tonalidade verde-amarelada, quando expostas ao sol. Inflorescência desconhecida em nossas regiões. Propaga-se facilmente por divisão de touceiras.
Uso Paisagístico
Planta de grande efeito ornamental, utilizada com muito sucesso em nossos jardins desde longa data, na formação de maciços ou renques, junto a paredes, muros e cercas, a pleno sol ou luz difusa. Ideal também para plantio isolado, figurando como centro de interesse.
Cortadeira selloana
Descrição
Espécie herbácea, rizomatosa, perene, nativa do sul do Brasil, com desenvolvimento ereto e entouceirado, atingindo até 3 m. de altura. Folhas lineares, de textura áspera e bordas cortantes, justificando seu nome botânico. Inflorescências muito ornamentais, formadas por plumas volumosas, grandes, nas cores branca, arroxeada ou raramente amarelas. Propaga-se por divisão de touceiras.
Uso Paisagístico
Espécie muito interessante para plantio isolado, formando agrupamentos ou renques nos médios e grandes espaços ajardinados, produzindo relevante efeito ornamental, em virtude de sua magnífica inflorescência. Planta indicada para locais ensolarados.
Eragrostis curvula
Descrição
Espécie herbácea, rizomatosa, entouceirada, perene, originária da África do Sul, que atinge até 0,50 m. de altura. Apresenta inúmeras folhas lineares, densas, bastante finas, compridas e recurvadas. Inflorescências eretas, acima da folhagem, com flores diminutas e sem apelo visual. Propaga-se facilmente por divisão de touceiras.
Uso Paisagístico
Planta ideal para formar grupos isolados ou bordaduras ao longo dos caminhos de espaços ajardinados, sempre a pleno sol. Deve ser podada periodicamente.
Festuca glauca
Descrição
Espécie herbácea, entouceirada, originária da Europa e Ásia, com tufos densos de até 0,25 m. de altura. Apresenta folhagem azulada, representada por folhas lineares e bastante finas, muito decorativas. Inflorescência ereta, composta por flores muito discretas, sem qualquer interesse ornamental. Propaga-se por divisão de touceiras.
Uso Paisagístico
Planta ideal para bordaduras em composições isoladas, nunca em maciços, para produzir desenhos de formas diversas, com efeitos ornamentais significativos, principalmente nos jardins rochosos. Quando exposta ao sol intenso, suas cores azuladas ficam mais enaltecidas.
Paspalum notatum
Descrição
Espécie herbácea, nativa do Brasil, perene, rizomatosa, de porte rasteiro, muito rústica, com até 0,20 m. de altura. Apresenta folhas lineares, longas, freqüentemente pilosas. Inflorescências em forma de forquilha, acima da folhagem, sem qualquer interesse ornamental. Propaga-se principalmente por mudas ou em forma de placas, a nível comercial, e também facilmente por sementes.
Uso Paisagístico
É a grama mais resistente a falta de tratos e pisoteios, desde que cultivada a pleno sol. Ideal para formação de relvados, em quaisquer circunstâncias; o único inconveniente é a folhagem pilosa, indesejada por alguns.
Phyllostachys edulis
Descrição
Espécie lenhosa, originária da China, perene, rizomatosa, pouco entouceirada, de colmos grossos, modelados em movimentos sinuosos, muito decorativos, atingindo entre 6 a 10 m. de altura. Folhas lineares, delicadas, na cor verde-amarelada, muito ornamentais. Floração desconhecida em nosso país. Propaga-se por rizomas.
Uso Paisagístico
É a espécie mais conhecida do gênero e largamente utilizada em nossas composições paisagísticas. Produz arquitetura interessante, sendo desta forma, muito requisitada para plantio em vasos. Nos jardins são ideais para formar fileiras, fazendo plano de fundo junto a paredes, muros e cercas, ou ainda, criando conjuntos isolados, a pleno sol.
Zoysia japonica
Descrição
Espécie de grama, nativa do Japão, rizomatosa, muito rústica, apresentando folhas delicadas, pequenas, bastante estreitas, de coloração verde-clara, justificando seu nome popular de grama-esmeralda. Inflorescência sem valor ornamental. Propaga-se por rizomas já enraizados.
Uso Paisagístico
Grama apropriada para a formação de relvados, em espaços ensolarados, médios ou grandes, exigindo podas freqüentes durante o ano, principalmente nas estações quentes e chuvosas.
Outras espécies
POACEAE
Classificação Científica
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Acanthaceae
Gênero: Justicia
Espécie: J. aurea
Família das mais importantes entre as plantas ornamentais; formada principalmente por espécies perenes, arbustivas e ervas, além de lianas e menos frequentemente árvores. Folhas geralmente opostas, simples, sem estípulas, normalmente com margens inteiras. Inflorescência racemosa, paniculada, frequentemente espiciforme, com brácteas geralmente vistosas, ou ainda, formada por flores isoladas. Flores comumente vistosas, bissexuadas, zigomorfas, diclamídeas heteroclamídeas; cálice comumente pentâmero, dialissépalo ou gamossépalo, por vezes muito reduzido; corola geralmente pentâmera, gamopétala, bilabiada, pré-floração imbricada; estames em número de 4 (didínamos) ou com 2, mais 2 estaninódios, epipétalos, anteras rimosas; nectários presentes na base do ovário; gineceu bicarpelar, ovário súpero com 2 lóculos, placentação axial. Fruto tipo cápsula, deiscente, geralmente loculicida, raramente drupa.
Considerada uma família cosmopolita, Acanthaceae distribui-se por todas as regiões tropicais e subtropicais, perfazendo cerca de 3000 espécies em mais de 230 gêneros. O Brasil é rico em Acanthaceae, com mais de 500 espécies em aproximadamente 45 gêneros, vegetando principalmente na Mata Atlântica e formações florestais do sudeste e centro-oeste.
A família apresenta significativa importância para o paisagismo devido ao grande número de plantas cultivadas como ornamentais, entre elas, espécies dos gêneros Aphelandra, Barleria, Justicia, Ruellia e Thunbergia. Algumas plantas são muito populares em nossos jardins, a exemplo de Asystasia gangetica, Barleria repens, hemigraphis alternata, que servem como forrações de pequena a grandes áreas. Algumas espécies arbustivas como Pachystachys lutea, Justicia brandegeana e Sanchezia spp, são tradicionalmente utilizadas na composição de maciços, enquanto que algumas lianas do gênero Thunbergia, servem para revestir pérgulas e grades.
Acanthus, Anisacanthus, Aphelandra, Asystasia, Barleria, Chamaeranthemum, Crossandra, Dregera, Dyschoriste, Eranthemum, Fittonia, Graptophyllum, Hemigraphis, Hypoestes, Justicia, Lepidagathis, Mackaya, Megaskepasma, Odontonema, Pachystachys, Peristrophe, Phlogacanthus, Pseuderanthemum, Ruellia, Ruttya, Ruttyruspolia, Sanchezia, Schaueria, Strobilanthes, Thunbergia, Whitfieldia.
Principais espécies
Aphelandra tetragona
Descrição
Planta arbustiva, ereta, originária das Américas Central e do Sul, podendo atingir até 1,80m de altura. Folhas vistosas, sustentadas por pecíolos longos e avermelhados. Inflorescência disposta na extremidade dos ramos, lembrando espigas, composta por flores tubulosas, na cor vermelha, bastante ornamental. Propaga-se por estacas, preferencialmente no final da época fria.
Uso Paisagístico
Planta requisitada para cultivo à meia-sombra como exemplar isolado, formando grupos ou renques junto a muros, paredes e grades. Para manter a beleza da planta é necessária uma poda anual, a fim de rebaixar seus ramos, proporcionando à planta, aspecto denso e mais atraente.
Justicia brandegeana
Descrição
Arbusto nativo do México, semi-herbáceo, perene, com cerca de 1m de altura, ramificado, com caules de entre-nós longos e meio escandentes. Folhas lisas, pequenas, na cor verde-forte. Inflorescência vistosa, representada por espigas avermelhadas na espécie típica, envolvendo flor branca na extremidade. Existe uma variedade de brácteas amarelo-claras. Propaga-se por estacas de caules no final da época fria.
Uso Paisagístico
Planta apropriada para maciços no meio dos canteiros ou formando renque na base de muros ou paredes; utilizada também para vasos e jardineiras, sempre a sol pleno.
Pachystachys lutea
Descrição
Planta mais representativa do gênero, originária do Peru, semi-herbácea, perene, ereta, ramificada, com folhagem densa e decorativa. Inflorescência ereta, muito vistosa, composta por brácteas amarelas, de onde despontam flores brancas, também vistosas. Propaga-se por estacas, preferencialmente no início da primavera.
Uso Paisagístico
Espécie ideal para formação de grupos isolados ou maciços no meio dos canteiros, ou ainda, junto a muros e paredes, a sol pleno ou à meia-sombra. Também utilizada em vasos e jardineiras.
Peristrophe angustifolia
Descrição
Espécie herbácea, perene, prostrada e muito ramificada, nativa de Java, com folhagem densa e muito decorativa. Inflorescência em espiga, discreta, sem efeito ornamental. Propaga-se por divisão da planta ou por estacas, preferencialmente no início da primavera.
Uso Paisagístico
Planta ideal para compor forrações baixas, produzindo relevante contraste devido à cor da folhagem, principalmente nas variedades de folhas verde-amareladas. Utilizadas também em vasos e jardineiras.
Ruellia makoyana
Descrição
Planta originária do Brasil, perene, prostrada, bastante ramificada, de folhagem muito decorativa, na cor verde-escura, marcada por nervuras contrastantes. Flores tubulosas, arroxeadas formadas nas extremidades dos ramos. Propaga-se por divisão da planta ou por estacas de ponta.
Uso Paisagístico
Planta cultivada geralmente em jardineiras e vasos suspensos ou como forração de espaços protegidos do sol pleno.
Sanchezia oblonga
Descrição
Arbusto originário do Equador, semi-lenhoso, atingindo até 3m de altura, bastante ramificado, com folhas grandes e vistosas, na cor verde, marcadas por nervuras amareladas, contrastantes. Inflorescência terminal, comprida e densa, em diversas cores, conforme a variedade, porém com predominância para os tons vermelho-alaranjado ou amarelo. Propaga-se por estacas preparadas no início da primavera.
Uso Paisagístico
Cultivada nos jardins como exemplar isolado ou formando maciços em espaços amplos, sempre a pleno sol.