Classificação Científica

Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malvales
Família: Malvaceae
Gênero: Hibiscus
Espécie: H. rosa-sinensis

Malvaceae constitui uma das grandes famílias botânicas, ainda mais com a incorporação de outras famílias como a Sterculiaceae, Tiliaceae e Bombacaceae, de acordo com o APG. A família é formada por herbáceas, subarbustos, arbustos, árvores e lianas. Apresentam folhas alternas, simples ou compostas (palmadas), com margens inteiras ou serrilhadas e com estípulas. Inflorescência cimosa ou racemosa, axilar, geralmente reduzida a flores isoladas, freqüentemente vistosas, bissexuadas, à vezes unissexuadas, actinomorfas, comumente diclamídeas; cálice geralmente pentâmero, gamossépalo, raramente dialissépalo, dotado de epicálice ou calículo (brácteas que surgem abaixo do cálice); corola comumente pentâmera, freqüentemente dialipétala, prefloração imbricada; estames em número de 5 ou numerosos, livres ou unidos em feixes, às vezes, monoadelfos, formando uma coluna estaminal, ou seja, fundidos numa estrutura tubular, envolvendo o gineceu (androginóforo); anteras geralmente rimosas; ovário súpero, geralmente sincárpico, com um ou mais óvulos em cada lóculo, placentação axial. Frutos dos tipos baga, cápsula, esquizocarpo, sâmara e drupa.

Família de ocorrência pantropical, abarcando cerca de 250 gêneros com mais de 4200 espécies; no Brasil são 400 espécies em 80 gêneros.

Malvaceae comparece no paisagismo com espécies de relevante importância, tanto para locais amplos, quanto para espaços menores. As plantas arbóreas, a exemplo dos gêneros Ceiba e Chorisia (paineiras), Sterculia (chicha), Pterigota (pau-rei), Theobroma (cupuaçu e cacaueiro), além da espécie Adansonia digitata (baobá) são indicadas para arborização em grandes espaços de parques e jardins. As espécies arbustivas como Hibiscus spp, Abutilon spp, Malvaviscus arboreus, Dombeya spp, são ideais para plantio isolado ou formando maciços. Merecem nota também as espécies de uso econômico como Gossypium spp (algodoeiro) e Abelmoschus sculentus (quiabo).

Abelmoschus, Abutilon, Adansonia, Alcea, Bombacopsis, Bombax, Cavanillesia, Chorisia, Dombeya, Goethea, Gossypium, Hibiscus, Malva, Malvaviscus, Pachira, Pavonia, Peltaea, Spirotheca, Sterculia, Theobroma.

Principais espécies

Abutilon megapotamicum

Descrição

Espécie arbustiva, escandente, originária do Brasil, com ramos longos, finos e arqueados, dos quais surgem folhas no formato cordiforme pontiagudo com bordas denteadas, nas cores verde ou variegadas de amarelo. Suas flores campanuladas, compostas por um cálice vermelho vivo, inflado, abraçam um conjunto delicado de pétalas amarelas, que nunca se abrem por completo. No centro da flor despontam inúmeras anteras castanho-escuras, completando a exótica beleza da peça floral. Propaga-se por estacas de pontas de caule em ambientes de estufa.

Uso Paisagístico

O A. megapotamicum é uma planta ideal para locais suspensos como taludes e jardineiras. Em locais protegidos do sol forte, estas plantas criam uma exuberante cascata de folhas e flores que contrastam magnificamente. Os ramos compridos e estiolados devem ser podados no final do inverno. Estes ramos podem ser conduzidos também, como trepadeiras, através de apoios adequados.

Chorisia speciosa

Descrição

Árvore de grande porte, alcançando de 15 a 30 m de altura, com tronco bastante robusto, revestido de acúleos rígidos e persistentes. Folhas compostas de desenho digitado que desaparecem na época fria. Inflorescência altamente vistosa, representada por flores rosas mescladas de branco no centro. Existem outras variedades da mesma espécie com flores brancas. Às vezes, são confundidas com os gêneros Bombax ou Pseudobombax, com espécies de floração em outras cores, inclusive vermelha. Propaga-se facilmente por sementes.

Uso Paisagístico

Árvore de notável efeito decorativo, utilizada com freqüência no paisagismo urbano e rural. São ideais para arborizações de parques e grandes jardins, na condição de exemplar isolado ou formando grandes agrupamentos.

Hibiscus rosa-sinensis

Descrição

Planta arbustiva, originária da Ásia Tropical, lenhosa, ereta e bastante ramificada, com cerca de 3 m de altura, representada por espécies nativas e numerosos híbridos, obtidos nos últimos anos. Suas folhas podem ser largas ou estreitas, verdes ou variegadas. Flores geralmente vistosas, em quase todas as cores num só tom ou matizadas, simples ou dobradas, surgindo de maneira solitária nas extremidades dos ramos. Propaga-se por estacas ou enxertia nas variedades hibridas.

Uso Paisagístico

Apresenta usos diversos como planta isolada, na forma arbustiva ou conformada em arvoretas, além de servir como cerca-viva, dividindo ou limitando espaços. É cultivada ainda em conjuntos ou formando renques, sempre a pleno sol.

Malvaviscus arboreus

Descrição

Planta arbustiva, originária do México e norte da América do Sul, lenhosa, ereta e bastante ramificada, atingindo em média, 3 m de altura. Folhagem densa e floração vistosa, pendente, representada por flores vermelhas de corola fechada. Uma variedade com flores cor-de-rosa é menos utilizada nos jardins. Propaga-se por estacas, preferencialmente no final do inverno..

Uso Paisagístico

Cultivada sempre a pleno sol como exemplar isolado, renque ou cercas-vivas, a ramagem estiolada deve ser podada para proporcionar melhoria na forma da planta; suas flores atraem presença de beija-flores.

Outras espécies

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