Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Gesneriaceae
Gênero: Saintpaulia
Espécie: S. ionantha
GESNERIACEAE
Classificação Científica
Família botânica notável pelo grande valor ornamental de suas flores, com espécies popularizadas em todos os continentes, representadas por herbáceas e subarbustos, muitas de hábitos epífitos. Gesneriaceae distinguem-se pelos sistemas radiculares diferentes de acordo com cada espécie; assim, umas plantas ostentam raízes fibrosas, outras apresentam raízes tuberosas e outro grupo possui rizomas subterrâneos de onde partem as verdadeiras raízes. As folhas são opostas ou verticiliadas, simples, sem estípulas, com margens inteiras ou serrilhadas, às vezes carnosas, enrugadas ou tomentosas, nas tonalidades verde, amarronzada, prateada ou avermelhada, com faixas centrais irregulares, muito decorativas. Inflorescências freqüentemente cimosas, formadas por flores vistosas, bissexuadas, zigomorfas e diclamídeas; cálice pentâmero, gamossépalo ou dialissépalo, corola pentâmera, gamopétala, geralmente com pétalas bilabiadas, prefloração umbricada; androceu comumente com 4 estames, freqüentemente didínamos, anteras conadas, rimosas, epipétalos, nectários geralmente presentes; ovário súpero ou ínfero, bicarpelar, unilocular, pluriovulados, placentação parietal. Fruto tipo baga ou cápsula.
A família Gesneriaceae apresenta ocorrência pantropical com um grande número de espécies, cerca de 4000, distribuídas em mais de 140 gêneros. No Brasil são aproximadamente 200 espécies em 23 gêneros.
As gesneriáceas são muito utilizadas no paisagismo, conhecidas pelo uso freqüente em vasos de interiores ou jardineiras, protegidas do sol pleno. Suas flores, bastante chamativas, nas mais diversas cores, aliadas a um freqüente colorido das folhas, fazem dessas plantas uma presença constante na decoração de espaços internos.
Achimenes, Aeschynanthus, Columnea, Episcia, Gesneria, Gloxinia, Kohleria, Nautilocalyx, Nematanthus, Saintpaulia, Semmania, Sinningia, Smithiantha, Streptocarpus.
Principais espécies
Aeschynanthus lobbianus
Descrição
Planta epífita, reptante ou pendente, perene, rizomatosa, bastante enfolhada, originária de Java. Folhagem ornamental, formada por haste fina, percorrida em toda a extensão por folhas cerosas e semicarnosas. Inflorescência terminal, composta por flores vermelho-coral, bilabiadas, protegidas por cálices tubulares e bem visíveis. Propaga-se pela divisão da planta ou por estacas de caule, postas para enraizar em locais protegidos.
Uso Paisagístico
Espécie para cultivo à meia-sombra, como forração ou, mais freqüentemente, em jardineiras e vasos suspensos, produzindo cascata densa e muito decorativa.
Columnea erythrophaea
Descrição
Planta originária da Costa Rica, de natureza epífita, com ramagem pendente, fina e longa, bastante enfolhada, emitindo raízes adventícias em contato com o solo. Folhagem espessa, verde, pubescente conforme a variedade, produzindo textura acinzentada. Floração muito vistosa, de flores solitárias que se distribuem ao longo dos ramos, duráveis, bilabiadas, na cor vermelha de garganta amarela. Propaga-se por estacas de ramos ou pela divisão da planta.
Uso Paisagístico
Planta cultivada sob proteção do sol direto, em geral, plantada em recipientes suspensos como vasos e jardineiras, ou ainda, em forrações de jardins, nas mesmas condições de cultivo.
Episcia cupreata
Descrição
Planta originária do Brasil, de hábito reptante, com ramagem longa, sustentando folhas de colorido prateado, marcada de tons escuros mais para a margem, discretamente aveludadas, muito decorativas. Floração vistosa, representada por flores tubulares na cor vermelha. Existe variedade de folhagem acobreada e flores idênticas a espécie original. Propaga-se por separação de estacas já enraizadas.
Uso Paisagístico
Espécie muito ornamental, em função de sua folhagem, cultivada em vasos, jardineiras ou cobrindo espaços ajardinados totalmente protegidos do sol direto.
Saintpaulia ionantha
Descrição
Espécie acaule, originária da África Tropical, perene, entouceirada, com até 0,20 m de altura, folhas carnosas, quebradiças, pubescentes, dispostas em rosetas, bastante ornamentais. Floração muito vistosa, persistente durante o ano, nas cores branca, rosa, roxa, lilase ou bicolor. Propaga-se por estacas de folhas acompanhadas de pecíolo, preferencialmente em estufas, ou ainda, por divisão.
Uso Paisagístico
Espécie tradicionalmente cultivada como planta de interior, em vasos e jardineiras, ou ainda, nos espaços de jardins internos, protegida do sol direto, porém, com muita luminosidade..
Seemania Sylvatica
Descrição
Planta nativa do Brasil, rizomatosa, ramificada, apresentando textura pubescente, com até 0,40 m de altura, folhagem ornamental, lanceolada, marcadas por nervuras salientes. Floração representada por flores axilares, presas a longos pedúnculos, de forma tubular, intensamente coloridas de vermelho, muito duráveis. Propaga-se pela divisão dos rizomas em ambientes protegidos.
Uso Paisagístico
Espécie largamente utilizada como forração ou conjuntos isolados, à meia sombra; ideal também para vasos ou jardineiras.
Sinningia speciosa
Descrição
Planta acaule, entouceirada, tuberosa, com até 0,30 m de altura, nativa do Brasil. Suas folhas são grandes e vistosas, semisuculentas, de textura aveludada, desaparecendo no inverno, quando a planta cumpre seu ciclo vital anual. Flores grandes, simples ou dobradas, em diversas cores, às vezes, com mesclas ou pintas, bastante ornamentais. Propaga-se por tubérculos, sementes ou estacas de folhas.
Uso Paisagístico
Planta florífera, ideal para vasos de interiores, principalmente no verão, quando sua floração é intensa. Também cultivada em jardineiras nos ambientes de meia-sombra.
Outras espécies
GESNERIACEAE
Classificação Científica
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Acanthaceae
Gênero: Justicia
Espécie: J. aurea
Família das mais importantes entre as plantas ornamentais; formada principalmente por espécies perenes, arbustivas e ervas, além de lianas e menos frequentemente árvores. Folhas geralmente opostas, simples, sem estípulas, normalmente com margens inteiras. Inflorescência racemosa, paniculada, frequentemente espiciforme, com brácteas geralmente vistosas, ou ainda, formada por flores isoladas. Flores comumente vistosas, bissexuadas, zigomorfas, diclamídeas heteroclamídeas; cálice comumente pentâmero, dialissépalo ou gamossépalo, por vezes muito reduzido; corola geralmente pentâmera, gamopétala, bilabiada, pré-floração imbricada; estames em número de 4 (didínamos) ou com 2, mais 2 estaninódios, epipétalos, anteras rimosas; nectários presentes na base do ovário; gineceu bicarpelar, ovário súpero com 2 lóculos, placentação axial. Fruto tipo cápsula, deiscente, geralmente loculicida, raramente drupa.
Considerada uma família cosmopolita, Acanthaceae distribui-se por todas as regiões tropicais e subtropicais, perfazendo cerca de 3000 espécies em mais de 230 gêneros. O Brasil é rico em Acanthaceae, com mais de 500 espécies em aproximadamente 45 gêneros, vegetando principalmente na Mata Atlântica e formações florestais do sudeste e centro-oeste.
A família apresenta significativa importância para o paisagismo devido ao grande número de plantas cultivadas como ornamentais, entre elas, espécies dos gêneros Aphelandra, Barleria, Justicia, Ruellia e Thunbergia. Algumas plantas são muito populares em nossos jardins, a exemplo de Asystasia gangetica, Barleria repens, hemigraphis alternata, que servem como forrações de pequena a grandes áreas. Algumas espécies arbustivas como Pachystachys lutea, Justicia brandegeana e Sanchezia spp, são tradicionalmente utilizadas na composição de maciços, enquanto que algumas lianas do gênero Thunbergia, servem para revestir pérgulas e grades.
Acanthus, Anisacanthus, Aphelandra, Asystasia, Barleria, Chamaeranthemum, Crossandra, Dregera, Dyschoriste, Eranthemum, Fittonia, Graptophyllum, Hemigraphis, Hypoestes, Justicia, Lepidagathis, Mackaya, Megaskepasma, Odontonema, Pachystachys, Peristrophe, Phlogacanthus, Pseuderanthemum, Ruellia, Ruttya, Ruttyruspolia, Sanchezia, Schaueria, Strobilanthes, Thunbergia, Whitfieldia.
Principais espécies
Aphelandra tetragona
Descrição
Planta arbustiva, ereta, originária das Américas Central e do Sul, podendo atingir até 1,80m de altura. Folhas vistosas, sustentadas por pecíolos longos e avermelhados. Inflorescência disposta na extremidade dos ramos, lembrando espigas, composta por flores tubulosas, na cor vermelha, bastante ornamental. Propaga-se por estacas, preferencialmente no final da época fria.
Uso Paisagístico
Planta requisitada para cultivo à meia-sombra como exemplar isolado, formando grupos ou renques junto a muros, paredes e grades. Para manter a beleza da planta é necessária uma poda anual, a fim de rebaixar seus ramos, proporcionando à planta, aspecto denso e mais atraente.
Justicia brandegeana
Descrição
Arbusto nativo do México, semi-herbáceo, perene, com cerca de 1m de altura, ramificado, com caules de entre-nós longos e meio escandentes. Folhas lisas, pequenas, na cor verde-forte. Inflorescência vistosa, representada por espigas avermelhadas na espécie típica, envolvendo flor branca na extremidade. Existe uma variedade de brácteas amarelo-claras. Propaga-se por estacas de caules no final da época fria.
Uso Paisagístico
Planta apropriada para maciços no meio dos canteiros ou formando renque na base de muros ou paredes; utilizada também para vasos e jardineiras, sempre a sol pleno.
Pachystachys lutea
Descrição
Planta mais representativa do gênero, originária do Peru, semi-herbácea, perene, ereta, ramificada, com folhagem densa e decorativa. Inflorescência ereta, muito vistosa, composta por brácteas amarelas, de onde despontam flores brancas, também vistosas. Propaga-se por estacas, preferencialmente no início da primavera.
Uso Paisagístico
Espécie ideal para formação de grupos isolados ou maciços no meio dos canteiros, ou ainda, junto a muros e paredes, a sol pleno ou à meia-sombra. Também utilizada em vasos e jardineiras.
Peristrophe angustifolia
Descrição
Espécie herbácea, perene, prostrada e muito ramificada, nativa de Java, com folhagem densa e muito decorativa. Inflorescência em espiga, discreta, sem efeito ornamental. Propaga-se por divisão da planta ou por estacas, preferencialmente no início da primavera.
Uso Paisagístico
Planta ideal para compor forrações baixas, produzindo relevante contraste devido à cor da folhagem, principalmente nas variedades de folhas verde-amareladas. Utilizadas também em vasos e jardineiras.
Ruellia makoyana
Descrição
Planta originária do Brasil, perene, prostrada, bastante ramificada, de folhagem muito decorativa, na cor verde-escura, marcada por nervuras contrastantes. Flores tubulosas, arroxeadas formadas nas extremidades dos ramos. Propaga-se por divisão da planta ou por estacas de ponta.
Uso Paisagístico
Planta cultivada geralmente em jardineiras e vasos suspensos ou como forração de espaços protegidos do sol pleno.
Sanchezia oblonga
Descrição
Arbusto originário do Equador, semi-lenhoso, atingindo até 3m de altura, bastante ramificado, com folhas grandes e vistosas, na cor verde, marcadas por nervuras amareladas, contrastantes. Inflorescência terminal, comprida e densa, em diversas cores, conforme a variedade, porém com predominância para os tons vermelho-alaranjado ou amarelo. Propaga-se por estacas preparadas no início da primavera.
Uso Paisagístico
Cultivada nos jardins como exemplar isolado ou formando maciços em espaços amplos, sempre a pleno sol.