Classificação Científica

Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida 
Ordem: Alismatales
Família: Araceae
Gênero: Caladium 
Espécie:C. lindeni

Araceae é a família mais importante da ordem Alismatales formada por espécies herbáceas terrestres de formas arbustivas, entouceiradas ou acaules, rizomatosas, ou bulbosas; outras, de hábitos ascendentes, reptantes ou escandentes, apresentando raízes aéreas adventícias que surgem ao longo do caule. Muito raramente são aquáticas. Suas folhas são pecioladas, geralmente grandes, inteiras, recortadas ou lobadas, com inserção alterna, dística ou espiralada, com nervações paralelinérveas, peninérveas ou peniparalelinérveas. Inflorescência tipo espádice envolvida por bráctea (espatas), quase sempre vistosas, nas cores branca, amarela, vermelha, rosa, esverdeada ou bicolor, com flores agrupadas na espádice, sésseis e insignificantes, bissexuadas ou unissexuadas, freqüentemente em plantas monóicas, actinomorfas, monoclamídeas ou aclamídeas; cálice de 4 a 8 sépalas, gamossépalo ou dialissépalo, prefloração imbricada ou valvar; estames em número bem variados, até 12, livres ou unidos entre si. Anteras rimosas ou poricidas, gamocarpelar, ovário súpero, lóculos uni a pluriovulados, placentação axial. Frutos do tipo baga, raramente drupa, às vezes, formando sincarpo.

A família Araceae comporta 104 gêneros e cerca de 3500 espécies, com mais de dois terços deles, originarias de regiões neotropicais, ainda que se tenha conhecimento de algumas espécies que se distribuem também pela Europa e Ásia, sendo considerada uma família cosmopolita. No Brasil ocorre aproximadamente 400 espécies em cerca de 34 gêneros.

As aráceas ostentam importância significativa no paisagismo devido ao grande número de espécies conhecidas, ocupando lugares cativos nos interiores das residência e nos espaços ajardinados, à meia-sombra. Umas constituem volume de planos de fundo, enquanto que outras servem para criar maciços de médio e pequeno porte no meio dos canteiros. Quase sempre são perenes, possibilitando seu vasto emprego nas composições paisagísticas.

Aglaonema, Alocasia, Anthurium, Arum, Caladium, Calla, Colocasia, Dieffenbachia, Epipremnum, Monstera, Montrichardia, Philodendron, Pistia, Rhaphidophora, Scindapsus, Spatiphyllum, Syngonium, Taccarum, Typhanodorum, Xanthosoma, Zamiocucas, Zantedeschia.

Principais espécies

Aglaonema crispum

Descrição

Planta perene, bastante compacta, originária das Filipinas, com até 0,60 m de altura, apresentando folhagem glabra, espessa, com desenhos diversos. A espécie descrita apresenta mancha prateada ao longo da nervura central, em contraste com o restante do limbo na cor verde-azeitona. Inflorescência localizada entre as folhas, do tipo espádice, pouco interessante para o conjunto. Propaga-se por rebentos laterais e estacas de caule.

Uso Paisagístico

Deve ser cultivada em locais totalmente protegidos do sol direto, criando maciços baixos, produzindo contraste com outras plantas verdes, devido às suas folhas variegadas, muito decorativas. Também utilizada como exemplar de interior, plantada em vasos ou jardineiras, em função de sua pouca exigência de luminosidade.

Alocasia cucullata

Descrição

Planta perene, rizomatosa, originária da Índia e Burma, atingindo até 0,80 m de altura, com folhagem densa, verde-escura, cordiforme, marcada por nervuras salientes. Inflorescência em espádice, sem importância ornamental. Propaga-se facilmente pela divisão da planta-matriz ou por mudas que surgem a seu lado.

Uso Paisagístico

Espécie ideal para cultivo em locais protegidos do sol direto, em jardineiras ou canteiros, criando maciços ou renques. Comumente utilizada em vasos para interiores.

Anthurium andraeanum

Descrição

Espécie perene, ereta, originária da Colômbia, de 0,30 a 0,80 m de altura, conforme a variedade, com folhas coriáceas, nos formatos cordiforme ou sagitado, pecíolo longo, bastante decorativas. Inflorescências em espádice sustentando flores minúsculas, protegidas por espatas (brácteas) rugosas e brilhantes, nas cores branca, vermelha, rosa, salmão ou bicolores. Propaga-se por mudas laterais, estacas de caule ou sementes.

Uso Paisagístico

Planta de uso tradicional no paisagismo, hoje, representada por híbridos de floração maior e mais vistosa, cultivada sempre à meia-sombra. Ideal para compor maciços, principalmente à frente de muros, cercas e grades, além de jardineiras e vasos; também requisitada para flor de corte, muito durável.

Caladium x hortulanum

Descrição

Planta acaule, bulbosa, entouceirada, anual, obtida por hibridação de espécies oriundas da América Tropical, principalmente Brasil. Apresenta folhagem ricamente colorida em diversos tons e desenhos. Inflorescência típica da família, destituída de qualquer valor ornamental. Propaga-se por separação ou divisão de tubérculos no final do inverno.

Uso Paisagístico

Planta indicada para formação de maciços em canteiros ou jardineiras, à meia-sombra ou sol pleno. Também cultivada em vasos de interiores. No inverno a parte aérea da planta desaparece, entrando em fase de hibernação.

Colocasia gigantea

Descrição

Espécie acaule, originária da Malásia e Java, com poucas folhas, porém bastante grandes, podendo atingir até 2 metros de comprimento, de consistência membranácea, peltadas, marcadas por nervuras brancas bem nítidas e sustentadas por pecíolos robustos. Inflorescência vistosa, formada por várias espádices, protegidas por brácteas brancas, determinando o fim do ciclo vital da planta. Propaga-se principalmente por sementes ou mudas laterais.

Uso Paisagístico

Planta impressionante pelo porte majestoso, ideal para cultivo, isolada ou em grupos, nos espaços amplos, abertos, com sol direto ou à meia-sombra, preferencialmente protegida dos ventos.

Dieffenbachia amoena

Descrição

Planta perene, ereta, originária da América Tropical, mais precisamente da Colômbia, de porte grande e robusto, com até 1,50 m de altura, folhagem verde, variegada de branco, ao longo das nervuras secundárias, muito decorativa. Algumas variedades apresentam padrões de desenhos diferentes. Inflorescência típica da família, sem interesse ornamental. Propaga-se por estacas de caule, obtida de plantas mais velhas.

Uso Paisagístico

Planta popularmente apreciada como espécie de folhagem devido aos diversos desenhos apresentados, conforme a variedade. Utilizada para compor maciços em áreas de jardins protegidos do sol direto, jardineiras preenchendo vasos de interiores.

Epipremnum pinnatum

Descrição

Planta de hábito rasteiro ou ascendente, exótica, das ilhas Salomão, com folhagem ornamental, verde ou variegada. As folhas, cordiformes, são pequenas e inteiras na planta jovem ou quando utilizadas em forrações; encontrando meio de desenvolvimento ascendente e em locais bem iluminados, estas folhas se tornam volumosas, recortadas, assumindo tonalidade amarelada. Inflorescência desconhecida em nossas regiões.

Uso Paisagístico

Além de forração, são utilizadas como plantas trepadeiras apoiadas em árvores e outros suportes, ou ainda, em recipientes suspensos.

Monstera deliciosa

Descrição

Plana perene, originária do México, de hábito trepador se apoiada em suportes e fixando ao mesmo por meio de raízes adventícias. Apresenta folhas altamente ornamentais, cordiformes, de margens fendidas e perfuradas no limbo à medida em que vai se tornando adulta. Existe uma forma variegada, com manchas irregulares brancas sobre o fundo verde. Inflorescência em espádice protegida por bráctea vistosa. Propaga-se por sementes e estacas de caule.

Uso Paisagístico

Espécie geralmente usada como ascendente junto a troncos de árvores, parede ou muros, criando volumes bastante decorativos, em espaços protegidos do sol direto.

Philodendron bipinnatifidum

Descrição

Espécie arbustiva, perene, também conhecida como P. selloum, nativa do Brasil, robusta de comportamento escandente, rizomatosa, com cerca de 1,50 m de altura, com folhas grandes de bordas profundamente recortadas, crespas, muito decorativas. Inflorescência discreta em espádice protegida por brácteas. Propaga-se por sementes e pela extração de rebentos que surgem junto à planta-mãe.

Uso Paisagístico

Planta ideal para compor maciços e renques junto a muros e paredes ou plantada isoladamente em local de destaque no jardim; também utilizada como espécie de vaso, cultivada à meia-sombra ou a sol pleno.

Spathiphyllum wallisii

Descrição

Espécie perene, acaule, rizomatosa, originária da Colômbia e Venezuela, com até 0,40 m de altura, com folhas elípticas, verde-escura, glabras e brilhantes. Inflorescência bastante decorativa, representada por espádice branca, envolvida por bráctea na mesma cor, que se torna verde com a idade. Propaga-se por separação de mudas que ocorrem em grande quantidade ao lado da plana-matriz.

Uso Paisagístico

Planta de constante uso nos jardins protegidos do sol direto, na formação de maciços e bordaduras em meio ao jardim ou nas laterais, junto a muros e paredes. Ideal também para cultivo em vasos para interiores.

Syngonium angustatum

Descrição

Planta perene, de hábito rastejante e ascendente, exótica do México e América Central, de folhagem decorativa na cor verde, variegada de creme, branco ou rosa. As folhas, a princípio inteiras, vão se modificando com a idade, apresentando vários recortes. A inflorescência, em espádice, não possui valor ornamental.

Uso Paisagístico

Requisitada para cobrir espaços na condição de forração, em canteiros à meia-sombra ou cultivada em vasos com suporte como planta ascendente.

Xanthosoma atrovirens 'Albo-marginatum'

Descrição

Espécie perene, rizomatosa, acaule, nativa do Brasil, com até 1 m de altura, apresentando folhas de forma curiosa, porém atraentes, devido à variegação bastante ornamental em verde e branco, às vezes, acrescida de amarelo e sustentadas por longos pecíolos. Inflorescência sem interesse ornamental. Propaga-se facilmente por rizomas que surgem lateralmente.

Uso Paisagístico

Planta utilizada como exemplar isolado, em grupos ou formando renques à frente de muros ou paredes; pode ser cultivada também em vasos, preferencialmente à meia-sombra.

Zantedeschia aethiopica

Descrição

Planta perene, acaule, entouceirada, rizomatosa, exótica da África, de porte que varia entre 0,40 a 0,80 m de altura, de folhagem ornamental na cor verde-brilhante. A inflorescência ereta, muito vistosa, constituída de brácteas brancas, justifica seu nome popular de copo-de-leite.

Uso Paisagístico

Cultivada em espaços ajardinados à meia-sombra ou sol pleno, arrematando base de muros, paredes ou criando detalhes junto a tanques e lagos em solo constantemente úmido. Tradicionalmente usada para flor de corte ou preenchendo vasos de interiores.

Outras espécies

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