Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Zingiberales
Família: Costaceae
Gênero: Costus
Espécie: C. spiralis ‘Variegata’
COSTACEAE
Classificação Científica
Família anteriormente localizada em Zingiberaceae, formada por plantas herbáceas, perenes, rizomatosas, de crescimento simpodial, entouceiradas por pseudocaules semisuculentos, marcados por entrenós bem visíveis. Folhas decorativas, simples, limbo inteiro, alternas espiraladas, uninérveas ou peniparalelinérveas, nas cores verde, avermelhada ou variegada, conforme a espécie. Inflorescência cimosa, terminal, com flores protegidas por brácteas densas, formando uma estrutura espiciforme, raramente isoladas; flores vistosas, bissexuadas, zigomorfas, diclamídeas e heteroclamídeas; cálice e corola trímeros, gamossépalo e gamopétala respectivamente, com uma pétala maior que as demais; prefloração imbricada; 1 estame e 5 estaminódios, petalóides, unidos entre si, comumente mais vistoso do que o cálice e corola, nectários septais presentes; gineceu gamocarpelar, geralmente tricarpelar, ovário ínfero, freqüentemente trilocular, placentação axial com lóculos pluriovulados. Fruto do tipo cápsula, envolvendo várias sementes com arilos.
Costaceae apresenta distribuição pantropical com centro de diversidade na América, além da Malásia e Índia, abarcando 5 gêneros com aproximadamente 120 espécies; no Brasil são 3 gêneros (Chamaecostus, Costus, Dimerocostus), com cerca de 20 espécies naturais da Amazônia e Mata Atlântica, sendo Costus o maior em número de espécies.
Entre os gêneros da família Costus é o mais conhecido no paisagismo, com algumas espécies bastante ornamentais, a exemplo de C. speciosus, C. spiralis, C. erythrophyllus. São ideais para compor grupos isolados, renques à frente de muros e paredes, ou mesmo, dependendo da espécie, guarnecer jardineiras suspensas. É indispensável que proceda uma poda anual para restabelecer a forma da planta, tornado-a mais compacta.
Costus, Chamaecostus, Cheilocostus, Dimerocostus, Monocostus, Tapeinochilos
Principais espécies
Costus erythrophyllus
Descrição
Planta originária da América Central, perene, herbácea, rizomatosa, entouceirada, com pseudocaules verde-avermelhados. Folhas semi-suculentas, elípticas, verde-acizentadas na face superior e vinho na inferior. Inflorescência terminal espigada formada por brácteas avermelhadas, protegendo flores vistosas na cor rósea. Propaga-se pela divisão dos rizomas ou por estacas na primavera e verão.
Uso Paisagístico
Espécie de notável efeito ornamental, tanto pela folhagem, altamente decorativa, quanto pelo florescimento. Cultivada sempre à meia-sombra, em grupos isolados ou formando maciços e renques à frente de muros e paredes. As hastes devem receber poda baixa quando ficarem estioladas, fato comum em todas as espécies devido ao crescimento rápido da planta.
Costus spiralis
Descrição
Espécie perene, originária da Índia, rizomatosa, entouceirada, de pseudocaules recurvados e marcados por entre-nós visíveis, semelhantes à cana, com folhagem vistosa, de consistência macia e acetinada, nas cores verde ou variegada. Flores brancas reunidas em inflorescência terminal espiciforme, constituída por brácteas vermelhas. Existe forma variegada de folhagem muito decorativa com faixas irregulares brancas e verdes no sentindo longitudinal. Propaga-se por divisão e por estacas, preferencialmente nas épocas quentes do ano.
Uso Paisagístico
São ideais para cultivo em grupo ou formando renque ao longo de muros e paredes à meia-sombra ou sol pleno. Devido às hastes decumbentes em algumas espécies, são usadas também em espaços suspensos de jardineiras amplas, produzindo interessante efeito de cascata. Recomenda-se a poda anual para restabelecer o viço e a forma da planta.